Bursite é a inflamação de uma
bolsa, que é um saco de paredes finas revestido de tecido sinovial. A função da
bolsa consiste em facilitar o movimento dos tendões e músculos sobre as
proeminências ósseas. As forças friccionais excessivas decorrentes do uso
excessivo, traumatismo, doença sistêmica (ex: artrite reumatoide, gota) ou
infecção podem causar bursite do olécrano que ocorre na parte posterior do
cotovelo. Entesopatia calcificada do
tríceps pode estar associada.
O diagnóstico é clinico, a
bursite do olécrano é muitas vezes assintomática. Os achados incluem dor de início
súbito e que piora com o movimento da estrutura comprometida, podendo haver
restrição funcional. O aumento do volume costuma ser bem evidente na bursite e
a articulação do cotovelo é poupada.
Quando a área
fica inflamada agudamente, deverá ser feito diagnostico diferencial com
infecção (bursite séptica) ou gota, aspirando a bolsa e realizando a coloração
Gram e cultura do liquido, assim como examinando esse liquido para a presença
de cristais de urato.
A USG mostra
espessamento das partes moles periarticulares, distensão líquida da bolsa, cujo
conteúdo pode ser anecoico homogêneo ou, nos casos de gota por exemplo,
hiperecoico por material anormal no interior da coleção. Em geral, o aspecto é
inespecífico pela USG. O Doppler mostra
hiperfluxo vascular na parede da bolsa.
O tratamento inclui repouso, identificação e
correção do fator desencadeante (desalinhamentos, traumas, atividade
profissional, esportes, germes isolados), gelo (o calor pode ser agravante nas
formas agudas), aspiração diagnostica e de alivio da bolsa com infiltração de
glicocorticoides (uma vez excluída infecção) e AINES, cuja resposta ocorre em
até uma semana.
Texto da aluna de graduação da UERJ, Natália Rufino
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